Pacientes de talassemia não têm acesso à Desferoxamina desde dezembro de 2020
Nos últimos meses, os pacientes de talassemia, que realizam tratamento na rede pública do Estado de São Paulo, têm reportado à Abrasta a dificuldade em retirar a medicação indicada para o tratamento nas Farmácias Especializadas de Alto Custo.
Por meio do portal da transparência, a Abrasta tomou conhecimento que a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) realizou 4 pregões, sendo 2 (dois) desertados e 2 (dois) fracassados. Contudo, por se tratar de medicamento de uso contínuo, imprescindível para o tratamento da talassemia, os pacientes não podem mais esperar por novas tentativas de pregões.
No documento, a Abrasta destaca a importância do medicamento no tratamento da sobrecarga de ferro no sangue, devido às transfusões de realizadas durante a vida dos pacientes. Como o corpo não consegue eliminar sozinho o excesso de ferro, é necessário o uso de medicamentos chamados quelantes de ferro, como a DESFEROXAMINA.
Eduardo Fróes, presidente da Abrasta e paciente de talassemia, afirmou que essa questão é preocupante. “Nós lutamos para que o melhor tratamento seja oferecido a todos os pacientes. A normalização do abastecimento do Desferoxamina, no Estado de São Paulo, é urgente e necessária. Sem o remédio o acúmulo do ferro no organismo pode se agravar.”
A Desferoxamina faz parte da lista de Medicamentos de Alto Custo, que tem o seu valor antecipado às Secretarias para que estas os adquiram e distribuam. A falta do fornecimento do medicamento é ilegal.
Confira o documento enviado a SES/SP, no qual a Abrasta solicita que a Desferoxamina seja adquirida com a dispensa de licitação, pois se enquadra nos casos de emergência, já que a situação pode comprometer a saúde dos portadores de hemoglobinopatias, dentre os quais, a talassemia.
Viver bem faz parte do tratamento e nós vamos continuar nesta batalha!