A talassemia é um tipo de anemia hereditária, transmitida de pais para filhos, e que faz parte de um grupo de doenças do sangue chamadas hemoglobinopatias (doença da hemoglobina).
É o aumento do baço, uma das características apresentadas pelas pessoas com talassemia maior. No passado retirar o baço era procedimento comum.
Com cerca de 13 centímetros, este órgão pode ser comparado a uma esponja, que retém as células mortas ou doentes que estão na circulação de sangue. Ele funciona como um filtro, que seleciona, prende e destrói aqueles glóbulos vermelhos (hemácias) que não têm mais utilidade.
O baço também é um reservatório de monócitos (glóbulos brancos), que ficam quietinhos e são enviados prontamente quando nosso organismo precisa de defesa extra.
Em pessoas com doenças hematológicas, como a talassemia, este órgão pode aumentar em até dez vezes e, quando em tamanho anormal, ele acaba “sequestrando” mais células e acumulando uma quantidade maior de sangue. Esta retenção faz com que aumente as necessidades transfunsionais.
Antigamente, quando os pacientes não realizavam o tratamento corretamente, os médicos optavam pela retirada do baço. Os riscos para aqueles que retiravam o órgão também eram grandes. Muitas pessoas com talassemia que realizaram a esplenectomia (retirada do baço) no passado tiveram complicações infecciosas, incluindo choque séptico fulminante – quando há falência da circulação sanguínea.
Por isso, hoje em dia a abordagem médica referente à retirada do baço passou a ser muito mais conservadora e só é indicada em casos de extrema necessidade, como por exemplo quando há hiperconsumo dos glóbulos vermelhos.
Para saber mais informações em relação ao seu caso, converse com seu médico e siga sempre as prescrições de seu hematologista para evitar este tipo de complicação e viver com mais bem-estar, mesmo sendo pessoa com talassemia.
Iremos continuar a te explicar tudo sobre a talassemia incluindo tratamentos, subtipos da talassemia beta, como viver bem com a talassemia, e muitas outras questões.
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