Objetivo é ajudar a dar visibilidade à causa disseminando informação sobre a doença e conscientizando a população
A Câmara Municipal de Belo Horizonte terá a fachada iluminada na cor vermelha nesta quarta-feira (8/5). O objetivo é marcar o Dia Internacional da Talassemia, também conhecida como anemia do Mediterrâneo. A medida, além de dar visibilidade à causa, é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a talassemia e os desafios enfrentados pelas pessoas afetadas pela doença, em apoio a pacientes, familiares, profissionais de saúde e pesquisadores dedicados a aprimorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Segundo a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta), a talassemia é um tipo de anemia hereditária que afeta a produção da hemoglobina – um componente do sangue responsável por levar oxigênio para todo o corpo. Por conta da produção inadequada de hemoglobina, o tratamento do tipo mais grave é basicamente realizado por meio de transfusões de sangue a cada 20 dias, em média, por toda a vida. Além da palidez, pessoas afetadas pela doença podem apresentar também fadiga, fraqueza, atraso no crescimento, abdômen desenvolvido e falta de ar devido à diminuição do número de glóbulos vermelhos saudáveis. Em casos graves, a talassemia pode levar a complicações como anemia, deformidades ósseas, desenvolvimento lento e baço aumentado.
O tratamento é realizado ao longo da vida, sendo necessárias transfusões de sangue regulares. A sobrecarga de ferro é um efeito colateral, que pode resultar do transporte frequente, levando a sérios problemas de saúde se não for gerida de forma adequada. Outro desafio na vida do paciente e de seus familiares é o impacto emocional e psicológico de conviver com uma doença crônica.
Em Minas Gerais, a Fundação Hemominas é referência no tratamento ambulatorial de coagulopatias hereditárias (hemofilias, Doença de von Willebrand e outras coagulopatias hereditárias raras) e hemoglobinopatias (doença falciforme, talassemias major e intermedia). Atualmente, a Hemominas registra mais de 7.900 pacientes cadastrados com diagnóstico de hemoglobinopatias, assistidos nas 11 unidades ambulatoriais que fazem esse tipo de acompanhamento, com predominância da doença falciforme.
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