Por Tatiane Mota
No passado, era muito comum que os portadores de talassemia tivessem limitações no seu dia a dia, em especial devido ao tratamento com o Desferal, que dura longas horas.
Mas com a chegada dos quelantes orais isso ficou para trás. Hoje é possível ter uma vida normal, seja no trabalho, na faculdade e, até mesmo, em viagens de longa de duração.
E por falar em viagens, duas dúvidas muito comuns que ouvimos na Abrasta são: portadores de talassemia podem viajar de avião? E intercâmbio, como funciona?
Com relação à primeira questão, em geral viajar de avião não causa grandes problemas à saúde, a não ser alguns incômodos, como sensação de ouvidos “tampados”, devido à pressão do ar, e também enjoo, se o voo tiver muitas turbulências.
Mas pessoas com problemas cardíacos, pulmonares e até mesmo sanguíneos – comuns os portadores de talassemia – devem ter uma atenção especial.
Em viagens de curta duração, as aeronaves podem atingir até 11 mil metros de altura e por isso são pressurizadas para manter uma oxigenação em seu interior. Neste ambiente, existe apenas 71% do oxigênio local no nível do mar, o que pode ser insuficiente para pessoas com doenças cardíacas e pulmonares e gerar sérios problemas durante o voo. Se a viagem for de longa duração, essa situação pode ser ainda pior.
Outro problema que pode ocorrer é a trombose venosa – devido à falta de movimentação das pernas, o sangue pode coagular dentro da veia. Caso este coágulo se desprenda e vá parar em órgãos como coração e pulmão, pode provocar sérias complicações, até mesmo a morte.
Por isso, antes de marcar uma viagem de avião, seja nacional ou internacional, converse com o médico para saber se está apto a enfrentar longas horas nas alturas.
Já em relação ao intercâmbio, a principal preocupação dos portadores é com as transfusões de sangue. Ter uma experiência fora do país, para conhecer uma nova língua, cultura, pessoas diferentes e até mesmo valorizar o currículo já virou moda entre os brasileiros. Mas nem todos os países disponibilizam de serviços de saúde gratuitos.
Para que o paciente seja atendido, de forma gratuita, dependerá do sistema local de saúde. Atualmente, apenas Cabo Verde, Itália e Portugal mantêm acordo com o Brasil e permitem o atendimento de cidadãos brasileiros por suas redes públicas. É válido lembrar que em alguns países, como os Estados Unidos, não existe saúde pública. Neste caso, é importante realizar um seguro viagem ou até mesmo ter um plano de saúde que cubra por serviços de saúde internacionais.
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