Gravidez pode acontecer normalmente, desde que o tratamento seja realizado de forma correta
Por Tatiane Mota
Ser mãe é amar incondicionalmente. É dar o melhor de si sem esperar absolutamente nada em troca, e sempre ter a palavra certa, mesmo que para os momentos mais difíceis. Para algumas mulheres, ser mãe também é a realização de um sonho, já que a gestação pode ser arriscada em certos casos.
De modo geral, na talassemia maior e intermediária a gravidez não é considerada um risco para a paciente. Mas, será importante realizar uma avaliação global das condições clínicas para a prevenção de eventuais riscos e estabelecimentos de um plano de acompanhamento.
E aí vem a grande questão: o tratamento pode ser feito normalmente durante a gestação? De acordo com a Dra. Sandra Gualandro, hematologista do Hospital de Clínicas de São Paulo, não.
“As transfusões de sangue regulares devem permanecer, e é possível que alguns casos de talassemia intermediária que não fazem as transfusões possam eventualmente precisar fazer. Já a quelação do ferro não é recomendada durante a gravidez, pois os medicamentos podem prejudicar o feto. Agora, cada caso é um caso e por isso o hematologista, junto ao obstetra, precisam trabalhar em conjunto durante toda a gestação”, explica a médica.
Com relação aos riscos durante a gestação, como já mencionado, no geral não há problemas. Claro que tudo irá depender das condições clínicas da paciente e de sua aderência ao tratamento quelante antes da gravidez.
“Se a mulher não costuma realizar o tratamento quelante de forma correta, são vários os riscos que ela e o bebê podem correr. Complicações cardíacas, aloimunização, infecções virais, trombose, problemas endócrinos e ósseos. Por isso, se a gravidez está nos planos de vida, é muito importante ter auto-cuidado e seguir corretamente as indicações do médico”, diz a Dra. Sandra.
O tipo de parto também irá depender das condições físicas da paciente – em portadoras de talassemia, tem-se optado mais pela cesariana. Já no pós-parto, o tratamento quelante só poderá ser realizado após a amamentação. O médico é quem dirá se é melhor iniciá-lo o quanto antes, ou se é possível esperar mais um tempo.
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